Estações meteorológicas convencionais
As estações meteorológicas são denominadas convencionais porque foram as primeiras a monitorar o clima e o tempo.
Estas estações obtêm dados referentes ao clima de forma sistemática, ou seja, as informações são recolhidas em horários padronizados e sem intervalos ociosos, por isso dispõe de técnicos especializados, diminuindo a margem de erro.
No Brasil, na rede oficial as leituras são feitas às 9, 15 e 21 horas de Brasília que correspondem as 12,18 e 24 horas GMT.
Local onde é instalado convenientemente um conjunto de instrumentos que descrevem de maneira sucinta as condições meteorológicas ocorrentes no momento da observação. A instalação da estação convencional deve estar isenta de árvores para que o vento não seja alterado nem haja sombreamento nos instrumentos, dessa forma, a vegetação atuaria como agente interferente na medição dos dados. Esta área deve ser gramada, o solo também deve ser representativo da região, plano, que não acumulem água além de minimizar os efeitos das diferentes texturas.
Nessa estação os instrumentos climatológicos são dispostos sistematicamente para que um aparelho não interfira na medição de outro além dessa disposição aumentar a representatividade das medições, como por exemplo, os instrumentos que requerem maior insolação são dispostos na posição norte geográfica, que recebe menor sombreamento.
Estação meteorológica convencional da Fafran, em convênio com o INMET.
Mapa: Distribuição das estações de superfície convencionais no Brasil, por INMET e Google maps.
Estações meteorológicas automáticas
As estações meteorológicas automáticas de superfície são compostas por sensores eletrônicos de pressão atmosférica, temperatura, umidade do ar, precipitação, radiação solar, direção e velocidade do vento. Esses sensores enviam os dados diretamente para o datalogger, computador central da estação que reúne as informações e envia, via satélite para a o INPE que disponibiliza, no site os dados climáticos.
O número dessas estações foram aumentando no decorrer dos tempos, principalmente nos dois triênios de 2001 a 2003 e 2006 a 2008, em que são registradas as maiores ampliações da quantidade de estações meteorológicas automáticas no Brasil.
Essas estações têm um período de provação de cinco anos para substituir as convencionais, uma vez que são mais precisas na medição, porque o manuseio é necessário somente para a manutenção do equipamento diminuindo a margem de erro.
Mapa: Distribuição das estações de superfície automática no Brasil, por INMET e Google maps.
Estações meteorológicas de Altitude ou Radiossonda
Essas são compostas por um conjunto de instrumentos e sensores para medir os elementos climáticos temperatura do ar, umidade relativa e pressão atmosférica, esses instrumentos são elevados em um balão de gás hélio até uma altitude aproximada de 30000 metros. Dessa forma, esse balão recolhe dados de todas as camadas atmosféricas (troposfera, tropopausa e estratosfera), proporcionando maior representatividade.
A partir dessa estrutura utilizada, o INMET, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN) reúnem os dados registrados nessas estações de altitude e os processa para retransmiti-los para o Centro Coletor.
A partir dessa estrutura utilizada, o INMET, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN) reúnem os dados registrados nessas estações de altitude e os processa para retransmiti-los para o Centro Coletor.
O lançamento dos balões meteorológicos estão sob responsabilidade da Aeronáutica, uma vez que o INMET não tem acesso ao tráfego aéreo. Os órgãos que utilizam esse método são DECEA, da DHN e do INMET, cabendo destacar que suas estações de lançamento estão concentradas na região Nordeste do Brasil.
Mapa: Distribuição dos pontos de lançamento de radiossondas, por INMET.
O vídeo a seguir ilustra o lançamento das radiossondas, que ocorre, muitas vezes em alto mar evitando acidentes no tráfego aéreo.
Lançamento de radiossonda à noite pelo PAN/INPE em alto mar.